A Batalha de Borodino, travada em 7 de setembro de 1812, foi um combate crucial, porém indeciso, durante a invasão da Rússia por Napoleão. À medida que o Grande Armée avançava em direção a Moscovo, o exército russo, liderado pelo general Kutuzov, decidiu tomar posição perto da aldeia de Borodino, bloqueando ambas as rotas para a capital. Napoleão colocou em campo cerca de 130.000 homens, enquanto os russos mobilizaram aproximadamente 125.000 soldados. Ambos os lados sofreram pesadas baixas – mais de 70.000 combinadas – tornando Borodino a batalha mais sangrenta de um único dia das Guerras Napoleônicas.
Batalha de Borodino às 06h30. © Academia Militar dos EUA
Batalha de Borodino às 09h30. © Academia Militar dos EUA
Batalha de Borodino às 16h. © Academia Militar dos EUA
Apesar de obter uma vitória tática ao forçar os russos a recuar, Napoleão não conseguiu destruir o exército russo. A sua hesitação em comprometer a Guarda Imperial permitiu que as forças de Kutuzov se retirassem de forma ordenada, preservando a sua força. A batalha enfraqueceu o Grande Armée, que já estava esgotado por doenças, fome e linhas de abastecimento estendidas.
Borodino abriu caminho para a ocupação de Moscou por Napoleão em 14 de setembro, mas a cidade foi abandonada e em grande parte queimada pelos russos, negando aos franceses qualquer ganho estratégico. Sem a rendição do czar Alexandre I, as forças de Napoleão ficaram presas nas profundezas do território russo. À medida que o inverno se aproximava e os russos assediavam as suas linhas de abastecimento, Napoleão foi forçado a uma retirada desastrosa, marcando o ponto de viragem da invasão. Embora Borodino tenha permitido que os franceses chegassem a Moscou, isso acabou contribuindo para o colapso da campanha, à medida que o desgaste e as falhas logísticas dizimaram o Grande Armée.