
Os vikings atacavam a Grã-Bretanha desde o final do século VIII, com ataques notáveis a Lindisfarne em 793 e repetidos ataques à Abadia de Iona, onde muitos monges foram mortos. Apesar destes ataques, não há registros de conflito direto entre os vikings e os reinos dos pictos e Dál Riata até 839.
A Batalha de 839, também conhecida como o Desastre de 839 ou a Última Resistência dos Pictos, foi um conflito crucial entre os Vikings e as forças combinadas dos Pictos e Gaélicos. Os detalhes da batalha são escassos, com os Anais do Ulster fornecendo o único relato contemporâneo. Menciona que ocorreu "uma grande matança dos pictos", sugerindo uma grande batalha envolvendo muitos combatentes. O envolvimento de Áed indica que o Reino de Dál Riata estava sob domínio picto, pois lutou ao lado dos homens de Fortriu. A batalha é considerada uma das mais significativas da história britânica.
Esta batalha resultou em uma vitória viking decisiva, levando à morte de Uuen, o rei dos pictos, de seu irmão Bran, e de Áed mac Boanta, o rei de Dál Riata. Suas mortes abriram caminho para a ascensão de Kenneth I e a formação do Reino da Escócia, sinalizando o fim da identidade picta. Uuen foi o último rei da casa de Fergus, que dominou os Pictland por pelo menos 50 anos. Sua derrota marcou o início de um período de instabilidade no norte da Grã-Bretanha. O caos que se seguiu permitiu a Kenneth I emergir como uma figura estabilizadora.
Kenneth I unificou os reinos de Pictland e Dál Riata, proporcionando estabilidade e lançando as bases para o que viria a ser a Escócia. Sob o seu governo e o da Casa de Alpin, as referências aos pictos cessaram e um processo de gaelicização começou, com a língua e os costumes pictos gradualmente substituídos. No século XII, historiadores como Henrique de Huntingdon notaram o desaparecimento dos pictos, descrevendo a sua aniquilação e a destruição da sua língua.