A Guerra Civil Hasmoneu foi um conflito significativo na história judaica que levou à perda da independência judaica. Tudo começou como uma luta pelo poder entre dois irmãos, Hircano e Aristóbulo, que disputavam a Coroa Judaica Hasmoneu. Aristóbulo, o mais jovem e ambicioso dos dois, usou suas conexões para assumir o controle de cidades muradas e contratou mercenários para se declarar rei enquanto sua mãe, Alexandra, ainda estava viva. Esta ação resultou num confronto entre os dois irmãos e num período de conflitos civis.
O envolvimento dos nabateus complicou ainda mais o conflito quando Antípatro, o idumeu, convenceu Hircano a buscar o apoio de Aretas III, o rei dos nabateus. Hircano fez um acordo com Aretas, oferecendo a devolução de 12 cidades aos nabateus em troca de assistência militar. Com o apoio das forças nabateias, Hircano confrontou Aristóbulo, levando a um cerco a Jerusalém.
O envolvimento romano acabou determinando o resultado do conflito. Tanto Hircano quanto Aristóbulo buscaram o apoio das autoridades romanas, mas Pompeu, um general romano, acabou ficando do lado de Hircano. Ele sitiou Jerusalém e, após uma longa e intensa batalha, as forças de Pompeu conseguiram romper as defesas da cidade, levando à captura de Jerusalém.
Este evento marcou o fim da independência da dinastia Hasmoneu, quando Pompeu restabeleceu Hircano como sumo sacerdote, mas despojou-o de seu título real, estabelecendo a influência romana sobre a Judéia. A Judéia permaneceu autônoma, mas foi obrigada a pagar tributos e dependente da administração romana na Síria. O reino foi desmembrado; foi forçado a abandonar a planície costeira, privando-a do acesso ao Mediterrâneo, bem como a partes da Iduméia e Samaria. Várias cidades helenísticas receberam autonomia para formar a Decápolis, deixando o estado bastante diminuído.