
O desastre do MS Estónia ocorreu na noite de 28 de Setembro de 1994, quando o ferry naufragou no Mar Báltico durante a sua viagem de Tallinn, na Estónia, para Estocolmo, na Suécia. O naufrágio, que resultou na morte de 852 das 989 pessoas a bordo, foi um dos desastres marítimos mais mortíferos em tempos de paz em águas europeias.
O navio enfrentou mau tempo, com ventos fortes e ondas significativas. Por volta da 01h00, foram ouvidos fortes ruídos metálicos quando a viseira da proa da balsa quebrou, permitindo que a água inundasse o convés dos veículos. O navio começou a tombar fortemente e, às 01h50, o Estônia virou e afundou. Um pedido de socorro foi enviado, mas a posição exata do navio não estava clara devido à perda de energia, o que atrasou os esforços de resgate.
Apesar das operações de resgate envolvendo balsas e helicópteros próximos, apenas 138 pessoas foram salvas, enquanto 852 morreram, a maioria devido a afogamento e hipotermia na água fria. A maioria das vítimas era da Suécia e da Estónia, sendo apenas alguns sobreviventes mulheres e crianças.
A investigação oficial concluiu que a falha da viseira de proa e da rampa permitiu que a água inundasse o convés dos carros, desestabilizando o navio. As críticas foram dirigidas ao projeto do navio, às inspeções inadequadas e ao atraso na resposta da tripulação à emergência. A tragédia levou a mudanças significativas nos regulamentos de segurança marítima, incluindo sistemas melhorados de barcos salva-vidas e registos obrigatórios de dados de viagem.