
A restauração da independência da Estónia foi um processo gradual que se desenrolou durante o final da década de 1980 e início da década de 1990, à medida que a União Soviética enfraquecia. Tudo começou com a Declaração de Soberania da Estónia, em 16 de Novembro de 1988, que afirmou maior autonomia dentro da URSS. Em 1989, o panorama político da Estónia expandiu-se, com novas leis promovendo a independência económica e tornando o estónio a língua oficial.
Surgiram dois movimentos concorrentes: a Frente Popular, que defendia a declaração de uma nova república independente, e o Movimento dos Comités de Cidadãos da Estónia, que procurava restaurar a República da Estónia antes da guerra, enfatizando a ilegitimidade do domínio soviético. Os Comités de Cidadãos registaram cidadãos da República da Estónia original e, em 1990, mais de 900.000 pessoas tinham-se inscrito como cidadãos.
Em 1990, foram realizadas duas eleições: uma para o Congresso da Estónia, representando os cidadãos do pré-guerra, e outra para o Soviete Supremo (mais tarde renomeado Conselho Supremo). Em março de 1991, foi realizado um controverso referendo sobre a independência, permitindo que todos os residentes, incluindo os imigrantes da era soviética, votassem. Uma forte maioria de 64% apoiou a independência.
Em 20 de agosto de 1991, a Estónia confirmou oficialmente a sua independência durante o golpe soviético fracassado. A Rússia reconheceu a independência da Estónia em 25 de Agosto de 1991, seguida pela União Soviética em 6 de Setembro. A Estónia restaurou com sucesso a sua independência de forma pacífica, evitando a violência observada nas vizinhas Letónia e Lituânia.