
O Império Otomano começou a afirmar a sua supremacia nos Balcãs Ocidentais após a sua vitória na Batalha de Savra em 1385. Em 1415, os otomanos estabeleceram formalmente o Sanjak da Albânia, uma divisão administrativa que abrangia territórios que se estendiam desde o rio Mat, no norte. para Chameria no sul. Gjirokastra foi designado centro administrativo deste Sanjak em 1419, refletindo a sua importância estratégica na região.
Apesar da imposição do domínio otomano, a nobreza do norte da Albânia manteve um certo grau de autonomia, conseguindo governar as suas terras sob um regime tributário. Contudo, a situação no sul da Albânia era marcadamente diferente; a área foi colocada sob controle direto otomano. Esta mudança envolveu a deslocação da nobreza local para os proprietários otomanos e a implementação de sistemas centralizados de governação e tributação. Estas mudanças estimularam uma resistência significativa entre a população local e a nobreza, levando a uma revolta notável liderada por Gjergj Arianiti.
Os estágios iniciais desta revolta testemunharam ações significativas contra os otomanos, com muitos proprietários de timar (proprietários de terras sob o sistema de concessão de terras otomano) sendo mortos ou expulsos. A revolta ganhou impulso à medida que nobres despossuídos voltaram a juntar-se à revolta, que viu tentativas de formar alianças com potências externas como o Sacro Império Romano. Apesar dos sucessos iniciais, incluindo a captura de locais importantes como Dagnum, a revolta lutou para manter o seu ímpeto. A incapacidade de tomar grandes cidades dentro do Sanjak da Albânia, juntamente com compromissos prolongados como o cerco de Gjirokastër, deu aos otomanos tempo para reunir forças consideráveis de todo o império.
A estrutura de comando descentralizada da revolta albanesa, caracterizada por ações autônomas de famílias líderes como os Dukagjini, Zenebishi, Thopia, Kastrioti e Arianiti, dificultou uma coordenação eficaz e, em última análise, contribuiu para o fracasso da rebelião no final de 1436. No rescaldo, os otomanos conduziram uma série de massacres para consolidar o seu controlo e dissuadir futuras revoltas, solidificando ainda mais o seu domínio na região. Este período marcou uma consolidação significativa do poder otomano na Albânia, preparando o terreno para a sua contínua expansão e controlo nos Balcãs.