
Durante os primeiros séculos do domínio bizantino, até cerca de 461 d.C., a região de Épiro Nova, parte do que hoje é a Albânia, sofreu ataques devastadores de visigodos, hunos e ostrogodos. Estas invasões fizeram parte de um padrão mais amplo de incursões bárbaras que começaram a afetar o Império Romano a partir do século IV, com os godos germânicos e os hunos asiáticos liderando os primeiros ataques.
Nos séculos VI e VII, as migrações eslavas para o sudeste da Europa desestabilizaram ainda mais a região. Estes novos colonos estabeleceram-se em antigos territórios romanos, obrigando as populações nativas albanesas e valacas a recuar para áreas montanhosas, a adoptar estilos de vida nómadas ou a fugir para partes mais seguras da Grécia bizantina.
Por volta do final do século VI, ocorreu outra onda de invasões dos ávaros, seguida pouco depois pelos búlgaros, que por volta do século VII haviam conquistado grande parte da Península Balcânica, incluindo as terras baixas da Albânia central. Estas sucessivas ondas de invasões não só perturbaram as estruturas sociais e políticas locais, mas também levaram à destruição ou enfraquecimento dos centros culturais romanos e bizantinos em toda a região. Este período tumultuado marcou uma transformação significativa nos Balcãs, lançando as bases para a complexa paisagem étnica e política que caracterizaria a região no período medieval.