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A mídia no Bloco de Leste era um órgão do Estado, totalmente dependente e subserviente ao partido comunista. As organizações de rádio e televisão eram estatais, enquanto a mídia impressa era geralmente propriedade de organizações políticas, principalmente do partido comunista local. As transmissões de rádio soviéticas usaram a retórica marxista para atacar o capitalismo, enfatizando temas de exploração laboral, imperialismo e belicismo.
Juntamente com as transmissões da British Broadcasting Corporation (BBC) e da Voice of America para a Europa Central e Oriental, um grande esforço de propaganda iniciado em 1949 foi a Radio Free Europe/Radio Liberty, dedicada a provocar o desaparecimento pacífico do sistema comunista na o Bloco Oriental. A Rádio Europa Livre tentou atingir estes objectivos servindo como uma estação de rádio nacional substituta, uma alternativa à imprensa nacional controlada e dominada pelo partido. A Rádio Europa Livre foi um produto de alguns dos mais proeminentes arquitectos da estratégia inicial da Guerra Fria da América, especialmente aqueles que acreditavam que a Guerra Fria acabaria por ser travada por meios políticos e não militares, como George F. Kennan.
Os decisores políticos americanos, incluindo Kennan e John Foster Dulles, reconheceram que a Guerra Fria foi, na sua essência, uma guerra de ideias. Os Estados Unidos, agindo através da CIA, financiaram uma longa lista de projectos para contrariar o apelo comunista entre os intelectuais da Europa e do mundo em desenvolvimento. A CIA também patrocinou secretamente uma campanha de propaganda doméstica chamada Cruzada pela Liberdade.