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Quando o relativamente jovem Mikhail Gorbachev se tornou secretário-geral em 1985, a economia soviética estava estagnada e enfrentava uma queda acentuada nos ganhos em moeda estrangeira, como resultado da queda dos preços do petróleo na década de 1980. Estas questões levaram Gorbachev a investigar medidas para reanimar o Estado em dificuldades.
Um início ineficaz levou à conclusão de que eram necessárias mudanças estruturais mais profundas e, em Junho de 1987, Gorbachev anunciou uma agenda de reforma económica chamada perestroika, ou reestruturação. A Perestroika flexibilizou o sistema de quotas de produção, permitiu a propriedade privada de empresas e abriu caminho ao investimento estrangeiro. Estas medidas pretendiam redireccionar os recursos do país dos dispendiosos compromissos militares da Guerra Fria para áreas mais produtivas no sector civil.
Apesar do cepticismo inicial no Ocidente, o novo líder soviético provou estar empenhado em reverter a deterioração da situação económica da União Soviética, em vez de continuar a corrida armamentista com o Ocidente. Em parte como forma de combater a oposição interna das camarilhas partidárias às suas reformas, Gorbachev introduziu simultaneamente a glasnost, ou abertura, que aumentou a liberdade de imprensa e a transparência das instituições estatais. A Glasnost pretendia reduzir a corrupção no topo do Partido Comunista e moderar o abuso de poder no Comité Central. A Glasnost também permitiu um maior contacto entre os cidadãos soviéticos e o mundo ocidental, particularmente com os Estados Unidos, contribuindo para a aceleração da distensão entre as duas nações.